Uma boa estratégia de relacionamento com os clientes em supermercados está necessariamente atrelada à coleta de dados e identificação da compra com CPF no caixa. Só assim é possível entender os perfis de compra para planejar campanhas que respeitem a individualidade do consumidor. Afinal, ninguém quer receber ofertas de produtos que rejeita.
O passo inicial é oferecer vantagens para o cliente concordar em informar os dados cadastrais básicos e os canais de contato. Nome, CPF, data de nascimento, sexo, endereço, além de e-mail e celular. Esses dados precisam estar atualizados e bem organizados no sistema de CRM do supermercado, juntamente com o histórico de compras.
A partir dessa base que são estruturadas as campanhas de marketing. Tudo identificado por uma chave primária, o CPF. É esse o documento responsável por unir os dados cadastrais do cliente ao seu histórico de consumo. Algumas estratégias podem ser usadas para aumentar o percentual de identificação dos consumidores no check out.
Clube de descontos e cashback
Um dos principais estímulos é o clube de descontos. Trata-se de uma troca, o cliente fornece os dados cadastrais, de contato e identifica-se no caixa para receber desconto em SKU’s específicos – o chamado preço 2.
O cashback também é uma possibilidade. Nesse caso, o cliente acumula uma determinada quantia em reais a cada nova compra e pode usá-la nas próximas visitas ao supermercado para abater do valor final. Ou seja, uma espécie de carteira virtual do estabelecimento para estimular a fidelização.
CPF na nota acelera o clube de vantagens
Para os supermercados que pretendem iniciar a coleta de dados para construir as estratégias de CRM, há uma maneira de facilitar o caminho. Ao menos em locais onde existem programas estaduais de incentivo para a identificação de compras, como a Nota Fiscal Paulista e a Nota Fiscal Gaúcha. Nesses estados, os estabelecimentos já são obrigados a coletar o CPF quando esse é o desejo do cliente.
Isso significa que o supermercado já possui uma base de CPF’s. A partir dela, torna-se viável obter detalhes cadastrais básicos e informações de contato por meio de birôs de dados. É um saída para acelerar, por exemplo, a criação de um clube de vantagens – ao convidar esses clientes para cadastrar-se e participar. Nesses casos, vale lembrar, é preciso respeitar os consumidores que não querem ser contatados.
Sorteios também são eficazes como incentivo para o cliente informar os dados cadastrais e identificar-se com o CPF no caixa. Uma parceria com a indústria para sortear veículos, por exemplo, agiliza a construção de um programa de vantagens.
É importante ter em vista, também, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em agosto de 2020 e exige adaptações. Entre elas o opt-in, ou seja, o consentimento dos consumidores para a coleta e o uso de suas informações pelos critérios da política de privacidade de cada empresa.
Benefícios das estratégias com dados
A coleta e organização sistemática de dados é essencial para entender o perfil de consumo dos clientes. É com esse nível de maturidade que estratégias mais avançadas envolvendo big data e inteligência artificial ganham potência em supermercados.
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