Vai haver um grande desafio para os supermercados no pós pandemia. As medidas para evitar a propagação da Covid-19, implementadas em 2020, modificaram, definitivamente, os hábitos de consumo em todos os segmentos.
E isto incluiu as redes de supermercado. Quem antes não tinha o hábito de comprar online, passou a ter. Mas, será que este novo comportamento irá se sustentar no pós-pandemia?
Quais são as tendências para esta fase em que a vacinação avança e as restrições de circulação diminuem?
Vale a pena para os supermercadistas investir nas compras online? E como os PDVs podem fazer parte desta estratégia?
76% dos brasileiros fizeram compras de supermercado on-line na pandemia
Este dado foi apontado em uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Bain & Company. O estudo ouviu 2 mil brasileiros, de todas as classes sociais, em maio de 2021.
Ao todo, 54% desses consumidores disseram que fizeram sua primeira compra de alimentos e produtos para o lar, de forma totalmente digital, durante a pandemia.
Mas, a pesquisa também mostrou que 64% das pessoas que fazem compras on-line também gostam de fazer visitas aos supermercados.
Os motivos apontados foram: ver ou tocar em produtos (35%) e, também, pela proximidade da loja de sua residência (29%).
Hábitos de consumo devem ser híbridos a partir de agora
A mudança do comportamento do consumidor veio para ficar no pós-pandemia. E, no caso dos supermercados, os consumidores que manifestaram esses novos hábitos, agora, moldam suas preferências.
Se antes a questão era por quanto tempo este comportamento iria durar, hoje, passada a fase mais crítica, já é possível identificar que a estrutura tecnológica organizada para sustentar os períodos mais restritivos deve ainda continuar a ser usada.
No entanto, o consumidor também estará, a partir de agora, mais sensível aos estímulos dentro dos PDVs, ao fazer visitas mais frequentes às lojas.
Em ambos os casos, os varejistas que querem continuar atingindo suas metas de faturamento, não poderão perder do horizonte a tecnologia.
Vantagens e desvantagens das compras online
A pesquisa da Bain & Company identificou também que o nível de satisfação entre os compradores on-line no Brasil é grande (70%). As justificativas para essa aceitação são: economia de tempo (60%) e menor risco de exposição ao vírus da Covid-19 (56%).
Já um ponto de atenção do estudo mostra que consumidores de baixa renda, entre 41-55 anos e acima de 56 anos (geração X e boomers respectivamente), e pessoas que não compram on-line com frequência tendem a ficarem menos satisfeitos com a experiência de compra.
Entre os motivos de insatisfação estão o alto valor da taxa de entrega e a falta de itens para compra.
Em ambos os cenários, é possível que os supermercadistas tracem estratégias para melhorar e mitigar tais percepções.
Quais os melhores gatilhos para sustentar as vendas on e offline nos supermercados?
Ainda segundo o estudo, a população de baixa renda foi a que mais sofreu durante a pandemia e, consequentemente, foi a que menos realizou compras digitais.
Contudo, a redução do poder aquisitivo impulsiona a busca por opções diferentes de marcas para consumo. Este movimento aquece a concorrência entre empresas, colocando os descontos ou promoções como estratégias relevantes.
A dúvida aqui passa a ser: quais os tipos de descontos, promoções, e gatilhos farão com que as pessoas voltem a comprar e permaneçam comprando?
Parcerias, benefícios, inteligência promocional, entre outros recursos, são alguns bons exemplos de ações que podem ajudar a captar novos clientes e torná-los assíduos tanto nas compras digitais, como nas compras feitas dentro dos PDVs.
Como um supermercado pode se ajustar às novas demandas do consumidor no pós-pandemia?
O pós-pandemia exigirá dos supermercados e do varejo, cada vez mais, ajustes.
E um dos caminhos mais seguros é a fidelização dos clientes com o uso marketing de relacionamento.
Essa é uma estratégia que aproxima clientes e marcas, agrega valor aos produtos e serviços e, ainda, gera vendas recorrentes.
Mas, para reter bons clientes, aumentar a lucratividade e fortalecer a marca, um supermercado deve seguir algumas boas práticas, como:
- Criar uma régua de relacionamento: a comunicação com clientes e potenciais clientes deve ser uma constante no marketing de relacionamento.
Para isso, é fundamental adotar uma régua de atividades ao longo do ciclo de vendas: desde a entrada no funil até as vendas subsequentes.
- Omnichannel: esse conceito se baseia em promover uma boa experiência ao cliente nos canais online e offline de forma integrada.
Para garantir isso, é preciso ter um sistema que ofereça um atendimento integrado em multicanais, que funcione bem tanto em ambientes físicos, como digitais e que permita a troca de dados entre eles.
- Coleta de dados: se os clientes entram e saem da loja sem nunca se identificarem, qual a probabilidade de encontrá-los novamente para anunciar e recomendar novos produtos?
Uma forma de resolver esse problema é coletar informações pessoais no momento da compra com a criação de programas de relacionamento ou descontos na próxima compra.
Desta forma, os clientes podem ser cadastrados no banco de dados para receber mensagens, ofertas e outras promoções no futuro.
- Inteligência de dados: as informações devem ser usadas para entender melhor o perfil do público e como funciona a interação com o varejo e/ou supermercado.
Analisar dados permite compreender aspectos como: quem compra mais, o que compra, quais são as preferências e como recuperar clientes que já não compram há muito tempo.
- Usar as redes sociais: esses canais geram conhecimento e engajamento para uma marca. Além disso, é um excelente canal que pode aumentar as vendas, sendo uma excelente forma de divulgar ofertas e conteúdos exclusivos.
- Apostas no pós-venda: criar um canal para esclarecer dúvidas sobre produtos, ouvir a impressão do serviço, etc. Essas iniciativas constroem a confiança do cliente na marca e melhoram sua experiência de compra.
Tendências de consumo no pós-pandemia
Já vimos até aqui que os hábitos de compra online estarão longe de desaparecer.
E quais cenários devem sustentar isso? Vamos ver agora algumas tendências que devem se confirmar no pós-pandemia:
- Home office deve permanecer: muitas empresas já voltaram às atividades, contudo, o home office ainda aparece como uma modalidade que, dificilmente, desaparecerá do mundo do trabalho.
A tendência para os próximos anos é que o modelo de trabalho em casa seja intercalado com visitas ao escritório, dentro de uma escala híbrida.
Fato é que a permanência do home office continuará a manter a relação do consumidor com o seu entorno muito mais ativa.
- Demanda reprimida: no pós-pandemia, os brasileiros devem gastar mais dinheiro com o que foi economizado.
Esta é uma excelente oportunidade para ativar promoções de produtos sazonais, descontos e aproveitar as datas comemorativas para impulsionar as vendas.
- O consumidor perdeu o medo da compra online: dessa forma, o e-commerce deve continuar em expansão.
Mesmo que as lojas físicas já estejam seguras e livres de restrições, os consumidores perceberam que as plataformas digitais também são capazes de fazer um bom atendimento.
- Boa experiência gera mais negócios: os consumidores que chegaram até os canais online por necessidade, têm mais chance de voltar a comprar quando percebem que tiveram uma boa experiência, do começo ao fim.
- Migração: com a pandemia, muitas pessoas optaram por se afastar das grandes cidades.
Este movimento levanta alguns desafios que obriga varejistas e supermercadistas a reverem suas operações e a analisarem mais atentamente o comportamento desses clientes para atendê-los em regiões menos povoadas e/ou mais afastadas.
- Delivery: a entrega das compras em domicílio será, cada vez, mais simplificada e, ao mesmo tempo, especializada.
O cliente poderá escolher a forma mais conveniente de receber suas mercadorias, no momento mais adequado.
- Integração de sistemas WiFi: facilitar o uso da internet dentro do PDV pode ser importante para ajudar o consumidor a ativar alguma oferta que ele tenha visto apenas naquele momento. Essa é uma forma de integrar o universo on e offline.
CRM: ferramenta pode ajudar supermercados no pós-pandemia
Seja em canais on ou offline, supermercados e varejos devem estar preparados para gerar a melhor experiência de compra no pós-pandemia.
Vimos até aqui que os hábitos online não deverão ser abandonados. Ao passo que a visita aos pontos de venda ficarão, cada vez mais, frequentes a partir de agora.
Atrair o público certo e manter um relacionamento com ele será uma responsabilidade para os dois canais.
E para isso será necessário ter uma estratégia e, mais que isso, contar com as ferramentas tecnológicas que podem oferecer o suporte necessário.
Um bom sistema de CRM (Customer Relationship Management), com foco em varejo, é a ferramenta mais indicada para o pós-pandemia.
Isso porque essa ferramenta é capaz de oferecer uma gestão integrada, sob medida, para o relacionamento com clientes, melhorando a operação em diversos canais, já que permite que todas as informações fiquem armazenadas em um único lugar.
Um CRM pode ajudar supermercados a:
- Identificar automaticamente clientes e vendas;
- Usar a inteligência promocional para saber o que anunciar e por qual preço;
- Criar um clube de ofertas e um sistema de cashback.
Além de apoiar as estratégias do varejo, um CRM também pode oferecer funcionalidades que facilitam rotinas operacionais como:
- Criar encartes, artes para redes sociais e e-mail marketing;
- Enviar mensagens para todos os clientes via Whatsapp, Push, SMS, E-mail e redes sociais;
Os supermercados no pós pandemia vão ser diferentes de tudo o que se viu antes. A pandemia tornou o supermercado um dos poucos locais nos quais as pessoas podiam ir, mas quando a pandemia passar os desafios vão ser enormes.
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